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domingo, 26 de julho de 2009

O inesperado

Nathália Antoniazzi


" Difícil nos deparar com uma situação que não esperávamos, mais difícil ainda é ter que conviver com a consequência que aquela reação inesperada nos causou."

3º Dia de ENA

Eric Silva, Lilian Romão, Nayara Carvalho e Vania Correa, da Redação; Nathália Antoniazzi, Rafael Biazão e Simone Nascimento, do Virajovem São Paulo (22/07/2009)

Tá no muro!

O jornal mural perguntou qual o grito do XIV ENA, e como resposta a galera citou a arte desvalorizada, o machismo que mata uma imediata melhoria na educação pública, questões relacionadas aos preconceitos, racismo, homofobia e demais diferenças. "Somos todos iguais! Vamos gritar ao mundo inteiro." Paulo - Campinas.

Bandeira do ENA

Uma grande bandeira foi construída contemplando os grupos participantes dos ENAs.

"Representa um pouco destes anos de ENA, eu vejo um pouco das pessoas que passaram por aqui. Pelo nome dos grupos eu vou lembrando das emoções, experiências, das pessoas, das convivências, dos ENAs passados e das coisas que eu nem conheci. Mas acho que essas coisas de lembrar mesmo que fica forte. E deixa um pouquinho da marca de cada grupo e de cada ENA." Ivens Reyner.

Juventude em foco

Ao término do terceiro dia do XIV ENA, Fábio - secretário municipal da saúde de Santa Bárbara Doeste participou de uma roda de conversa relacionando o poder público e movimentos sociais visando à saúde da juventude e da sociedade como um todo. Programas de atendimento a juventude, trabalho de ONGs e outros grupos independentes que trabalham com juventude também fizeram parte da pauta.

Comunicação

A Revista Viração facilitou o grupo que discutiu comunicação no XIV ENA. Uma carta foi aberta aos produtores de mídia e comunicação como resultado da oficina, e os jovens solicitaram alguns compromissos, entre eles está: mostrar a realidade de jovens de diferentes etnias, classes sociais, regiões, religiões, gêneros, orientações sexuais e todas as expressões da diversidade.

"O que queremos não é que a mídia abandone seus interesses comerciais e empresariais. Nosso desejo é que este poder seja exercido com responsabilidade e compromisso com questões ligadas à juventude e adolescência do Brasil." Participantes da oficina de Comunicação e Juventude do ENA 2009.

Um dia só é pouco!

Foi com essa sensação que os/as adolescentes e jovens saíram dos mini-cursos. "Uma rede não é só encher uma caixa de e-mails" Diz Kakau da Assessoria de juventude - Rio Claro - SP durante o mini-curso Redes e Movimentos Juvenis facilitado por Claudia Vasconcelos e Ilca Márcia do Grupo Curumim, Recife - PE. Este foi um dos seis mini-cursos que rolaram durante a manhã e a tarde do dia 21. O mini-curso tratava, dentre outras coisas, das propriedades básicas de uma rede e os elementos básicos de sustentação, tais como: células de consumo que são os grupos, a produção para que os grupos busquem em sua fonte e passem a nutri-la também, conexão entre os grupos que precisam se comunicar e o fluxo de informação.

Grita Aí !!!

"Estamos todos integrados, está uma discussão bem gostosa. Discutimos o que nos influência hoje, daí levantamos monte de pauta: mídia, igreja, família, ideologia, conhecimento..." Diz Caio Rodolfo GAM - São José dos Campos - SP sobre o mini-curso Cultura e Diversidade.

"Interessante porque absorvemos mais conhecimento das coisas, um está soltando coisas para o outro. Acho o tema aborto bem interessante porque é o que acontece hoje em dia, e sempre discutimos muito o tema, mas nunca chegamos a um consenso por que sempre ficam pessoas contra e a favor." Diz Gabriela Serúdio do IBEAC - São Paulo - SP sobre o mini-curso de Gravidez, aborto e adolescência.

Casa da Mãe Joana

Nos quartos do alojamento foram colados papéis para que cada grupo conte algumas histórias que rolou durante esses dias. Vejam algumas...

"No dia 20 pela madrugada ouvia-se a Murta que Geme. Não sabemos se era a Murta, mas que gemia, gemia."

"Um cara, que não vou dizer quem, abaixou para pegar o tênis e ao empinar a bunda sem querer, soltou um pum! Kkk".

EDITORIAL

A Rede MAB - Movimento de Adolescentes do Brasil, existe oficialmente desde 1998, quando os (as) participantes do VIII Encontro Nacional de adolescentes - ENA que aconteceu em Rio Claro decidiu que as discussões deveriam ter uma continuidade e daí retirar demandas que viessem a fortalecer as ações desenvolvidas por grupos e instituições que o compõe, com trocas de experiência e cooperação mútua. O ComunEna é o principal canal de comunicação dentro do ENA onde os(as) adolescentes, jovens e adultos se somam levando entretenimento, reflexões e muita informação para participantes do encontro. Nas duas ultimas edições, o ComunENA tem contado com apoio da Revista Viração.

2º Dia de ENA

Eric Silva, Lilian Romão, Nayara Carvalho e Vania Correa, da Redação; Nathália Antoniazzi, Rafael Biazão e Simone Nascimento, do Virajovem São Paulo e Maria Camila, do Virajovem Recife (21/07/2009)


Prefeito local comparece ao ENA

No segundo dia do XIV ENA, realizado na cidade de Santa Bárbara Doeste, o prefeito local, Mário Heins, compareceu para passar uma mensagem para os jovens participantes. Ao término de sua breve fala pudemos conversar um pouco mais com o prefeito sobre juventude, política e sobre a realização na cidade que ele governa.
"Acho importantíssimo a gente promover o encontro entre pessoas que tenham interesse em comum para que o país tire diretrizes, é importante para definir políticas públicas para esse segmento da sociedade. Cada jovem que sair daqui ao perceber que houve o envolvimento do poder público municipal, deslumbrar todos os frutos que podem ser colhidos desse encontro vai levar essa idéia para a sua cidade, para o seu estado, e a gente espera que essa semente germine, frutifique e que a gente possa ter a juventude cada vez mais engajada e comprometida com a política pública direcionada aos segmentos da sociedade. Para os jovens que estão participando eu daria os parabéns pelo engajamento político, pelo comprometimento. E para aqueles que não participam ainda que venham participar na sua cidade, no seu estado, para que a gente possa realmente fazer a conscientização de toda juventude e o engajamento pleno em uma política construtiva que pode fazer com que os políticos acertem mais em suas decisões em relação a juventude."

Cuidar da Terra

O segundo dia do XIV ENA - Diversidade é o grito, começou com uma integração com exercícios de roda na escola/alojamento e muita agitação, preparando para um dia cheio de atividades. O grupo terminou a atividade com uma dança/música que se chama "Cuidar da Terra", falando da importância de cuidar do XIV ENA.
Aproveitamos para pedir que a galera tome mais cuidado com o espaço das atividades e não jogue lixo no chão e nem sujeira nas pias. Respeite as pessoas no horário de dormir, se quiser conversar só não atrapalhe os outros. O ENA é responsabilidade de todos e não só da comissão organizadora.
Reivindicando
Logo cedo à galera partiu para a Universidade Anhanguera, local de realização do evento, onde teria a primeira rodada de debates e dinâmicas, a primeira tinha o intuito de discutir as diferenças e as semelhanças entre os participantes que representavam à sociedade como um todo. Após identificar e discutir as diversidades, cada grupo escreveu uma reivindicação.
Os grupos foram diversos: homens gays que lutavam contra homofobia, mulheres solteiras que reivindicavam a autonomia do corpo, jovens feministas e negras pedindo espaços para discutir suas identidades, homens que discutem gênero lutando contra o machismo, mulheres faveladas pedindo que deixassem de ser estereotipadas, de negros reivindicando mais união entres as expressões culturais negras, e até homens jovens que gostariam de não sofrer preconceitos por gostarem de mulheres mais velhas. "A nossa reivindicação é um espaço para dialogar a questão racial. Não é igualdade das pessoas, não somos iguais, é igualdade nos direitos." Ilca Márcia do Grupo Curumim, Recife-PE representando as jovens negras.

Grita aí !!!

"Ao final do ENA sairemos com experiências de vida muito fortes e levaremos para nossos grupos, cidades, e nos alimentar em termos de trabalho e luta que levaremos aos outros grupos, a outras pessoas e faremos o movimento social. A gente está num passo mais adiante eu não nos cabe fazermos fragmentações." André do Canto Jovem, Natal - RN.
"Esse espaço é necessário para organizar temáticas, abrir um debate mais amplo e mais organizado. Discutir sexualidade, diversidade, a participação do adolescente, nas políticas públicas é essencial." Fábio Luis (Secretário de Saúde)
Diferente é ser do contra?

No nosso segundo dia de encontro no período da tarde tivemos um debate coordenado dando continuidade ao que foi discutido pela manhã.

Quais os gritos que estamos praticando? O que estamos fazendo e o que fazer para garantir os direitos? E algumas respostas foram dadas: ocupar espaços nos diversos conselhos, inserção nos espaços públicos e ações culturais, parada gay, dentre outros. O que possibilitou levantarmos questões chaves para desentrelaçar às dificuldades de entendimento entre TOLERÂNCIA X RESPEITO. Até que ponto nós que gritamos por diversidade realmente queremos acabar com nosso receio em entender e aceitar o outro, uma vez que tolerar apenas não basta, é preciso respeitar e se aproximar, só assim a luta não será em vão, necessitamos nos dar as mãos por uma mesma causa onde seja validado o direito de sermos quem queremos ser, pois somos assassinados cada vez que é violado os nossos direitos. E a pergunta fica: e ser diferente é ser do contra?

Viração realiza atividade de comunicação e juventude no XIV ENA

Eric Silva, Lilian Romão, Nayara Carvalho e Vania Correa, da Redação; Nathália Antoniazzi, Rafael Biazão e Simone Nascimento, do Virajovem São Paulo (22/07/2009)


No terceiro dia do Encontro Nacional de Adolescentes rolaram diversos mini-cursos com temáticas variadas, um deles foi realizado pela equipe da Vira sobre "Juventude e comunicação". Mais de 30 adolescentes debateram temas como o cenário da mídia no Brasil, o direito humano à comunicação, a abordagem da mídia sobre o jovem, entre outros. Durante o debate foi construído um grande painel sobre mídia e juventude, confira abaixo um pouco do que a galera falou.

Como a mídia vê o jovem?

Como se fosse sempre marginal, sem cultura, sem interesse para as coisas novas, como projetos sociais. Por conta de uns maus elementos eles padronizam totalmente a imagem dos jovens.
Primeiro, como consumistas e logo depois vê o jovem como um máquina de relacionamento sexual e não apresentam em suas programações os problemas que os jovens passam, principalmente, os mais pobres.
A mídia vê o jovem apenas como um consumista possessivo por tecnologia. Acaba ridicularizando, transformando-os em seus fantoches.

Como a mídia deveria ver o jovem?

Como cidadão digno de respeito, que precisa ser estimulado em suas potencialidades.
Deveria mostrar e falar sobre o que eles tem de bom, não mostrar só rebeldia, vício e irresponsabilidade, mas aprender conosco o que temos de melhor e tentar entender nossa maneira de viver.
Como sujeitos de direitos capazes de desenvolver as mais variadas atividades como responsabilidade, autonomia e liberdade.

Como o jovem vê a mídia?

Manipuladores. Aproveitando seu poder de comunicação para influenciar as atitudes dos jovens.
Como instrumento de comunicação e tecnologia. Mesmo sendo criticados pela mídia os jovens não conseguem viver sem ela.
Como meio importante e essencial sem o qual não viveríamos, já que gostamos de estar por dentro de tudo.

Como o jovem deveria ver a mídia?

Acredito que o jovem deveria ser um pouco mais crítico e usar a mídia para a informação e conhecimento.
Um bom lugar para divulgar suas idéias, como se fosse uma espaço aberto para se expressar.
A mídia e o jovem deveriam trabalhar em conjunto.
No final do encontro foi confeccionado um jornal mural gigante com todas as produções de comunicação dos subgrupos e as idéias debatidas no dia.

Uma Carta Aberta dos adolescentes para os Empresários de Comunicação do Brasil, foi redigida pelos participantes do mini-curso para ser encaminhada à primeira Conferência Nacional Livre de Comunicação, que será realizada pela Viração no próximo sábado.

Carta aberta

Nós, participantes do XIV ENA (Encontro Nacional de Adolescentes), após os debates realizados, nos dirigimos aos produtores de mídia e comunicação.


Viemos, por meio desta carta, solicitar que estes assumam alguns compromissos com os adolescentes e jovens do Brasil.


Mostrar a realidade de jovens de diferentes etnias, classes sociais, regiões, religiões, gêneros, orientações sexuais e todas as expressões da diversidade.

Ser um meio de divulgação de documentos que colabores com a melhoria da qualidade de vida de adolescentes e jovens como o Estatuto da Criança e do Adolescente;

Ser receptivo com as opiniões que os jovens têm com relação à mídia;

Combater o preconceito que estigmatiza os jovens e adolescentes;

Ter compromisso com a divulgação de grupos e atividades feitas por e para os adolescentes e jovens;

Agir com total responsabilidade e ética ao divulgar informações sobre adolescentes e jovens. Uma palavra fora do lugar pode ter conseqüências negativas para toda a sociedade.

O que queremos não é que a mídia abandone seus interesses comerciais e empresariais.

Nosso desejo é que este poder seja exercido com responsabilidade e compromisso com questões ligadas à juventude e adolescência do Brasil.

Plenária de adolescentes no XIV ENA

Nathália Antoniazzi, do Virajovem São Paulo (22/07/2009)


Em uma reunião dos organizadores do evento e coordenadores de grupos foi decidido dar espaços aos adolescentes exporem suas ideias e decidirem os combinados através de uma plenária sem a participação deles.

Na plenária foram discutidos assuntos como o horário de dormir, a bagunça que rola nos corredores à noite, pois cada um tem seu horário de dormir seu limite, todos e todas devem ser respeitados. Grupos musicais reclamaram de não ter espaço para se apresentarem como tinha sido combinado, e a organização escolher as bandas que iam se apresentar sem atender ao gosto do pessoal.

Discutiram sobre a mudança do dia da festa que seria na quarta e mudaram para quinta e alguns jovens exigiam maiores explicações dos organizadores. Os movimentos LGBT fizeram seus manifestos contra a homofobia e a favor da diversidade.

Os debates não tiveram muitos resultados, todos aplaudiam todas as ideias propostas e nada ficou muito decidido.

Juventude em foco

Rafael Biazão (22/07/2009)

Ao término do terceiro dia do XIV ENA, Fábio - secretário municipal da saúde de Santa Bárbara Doeste, Alessandro - médico cirurgião também em Santa Bárbara e o fisioterapeuta Guilherme, fizeram uma roda de conversa relacionando o poder público e movimentos sociais visando à saúde da juventude e da sociedade como um todo.

Ainda foi debatido sobre os programas de atendimento a juventude, e o trabalho de ONGs e outros grupos independentes que muitas vezes não recebem apoio do poder público para manter seus trabalhos, mesmo que por muitas vezes sejam muito bem preparados e tendo muita experiência, não recebem apoio.

Nas escolas, por exemplo, temos professores despreparados para trabalhar certas temáticas e que alguns grupos poderiam atuar com os estudantes. "De 15 jovens que eu trabalho na Fundação Casa em Campinas, 7 são de Santa Bárbara e 2 são de Campinas, os demais de outras cidades. Jovens que roubaram um celular na escola e foram condenados a um ano e meio de prisão e o traficante de drogas que foi condenado a seis meses ficam juntos. A gente pode questionar, como Santa Bárbara trata os jovens." disse Fred, integrante do grupo Família M.L.K e que faz um trabalho com os jovens da Fundação Casa através do Hip Hop.

Em resposta ao questionamento de Fred, Fábio disse que alguns lugares quando enxergam algo como um problema, o poder público quer se ver livre ao invés de buscar trabalhar a questão.

Ainda houve o questionamento referente à inclusão de jovens atuando em certos meios. Por muitas vezes os jovens participam de movimentos e discussões políticas, mas não podem atuar em alguns cargos por serem menores, mas aos dezesseis os jovens já se sentem, ou já são, pressionados a entrar no mercado de trabalho e acabam parando sua participação em tais movimentos. A roda de discussão foi encerrada e os participantes trocaram contatos para uma futura reunião, onde discutirão mais coisas relacionadas a movimentos de juventude.

ENArte

Allan Guilherme, do ComunENA (21/07/2009)


Confira o rap do Allan Guilherme, participante do ENA

Falando a verdade sempre a verdade.

Querendo abater a desigualdade,

Promovendo a diversidade.

Mas aí vou passando meu recado e tenho dito,

Diversidade pode crer que é o grito.

Respeito é muito é um direito de todo mundo

O que queria falar já falei.

Viva os bissexuais, heterossexuais e os gays.

direitos iguais correndo pelo certo.

Me mantendo sempre forte,

Me mantendo sempre esperto,

Agora é nóis,

Não vamos ficar quietos,

Vamos é soltar a voz...

Allan Guilherme Miranda, 17 anos - São José dos Campos - GAM

Expectativas do ENA

Rafael Biazão, do Virajovem São Paulo e Eric Silva, da Redação (21/07/09)


Confira o que a galera está achando e quais as expectativas da XIV edição do Encontro Nacional de Adolescentes

O que você achou da abertura do evento?

"Eu gostei, achei interessante, principalmente a hora que chamaram os jovens que se sentiam a vontade a compor a mesa." Daiane Tavares, 16 anos - (IRSSA) - Santa Bárbara D Oeste

"Eu gostei, foi bem diversificado o teatro e a plenária." Jaqueline Dimara, 15 anos - (SA) - Cosmópolis

"É a primeira experiência, explicou o que será o evento, foi bem legal." Alana Fagundes, 15 anos - (TUMM) - Mococa

"Eu achei muito interessante por que eu tive como presenciar o ensaio e mesmo assim me comoveu bastante, me interessei por que ficou diferente mesmo eu sabendo o que estava acontecendo, ficou muito show, a galera se dedicou bastante, se prepararam, quem assistiu o ensaio pode ver." Allan Guilherme, 17 anos - (GAM) - São José dos Campos

Qual a sua expectativa para esse XIV ENA?

"Espero que todos saiam com algo em mente, e que esses dias faça a diferença nas vidas deles." Daiane Tavares, 16 anos - (IRSSA) - Santa Bárbara D Oeste

"Vai ser pra arrebentar, to aqui pra aprender bastante." Jaqueline Dimara, 15 anos - (SA) - Cosmópolis

"Conhecer pessoas novas, aprender e ensinar com culturas diferentes." Alana Fagundes, 15 anos - (TUMM) - Mococa

"Como todo evento vai ser muito marcante, já que o EPA (Encontro Paulista de Adolescentes) já me marcou bastante, imagine um encontro de seis dias, tudo pode acontecer, não tenho expectativa, mas eu ser que vai ser muito louco." Allan Guilherme, 17 anos - (GAM) - São José dos Campos

1° Dia de ENA


Eric Silva, Lilian Romão, Nayara Carvalho e Vania Correa, da Redação; Nathália Antoniazzi, Rafael Biazão e Simone Nascimento, do Virajovem São Paulo e Maria Camila, do Virajovem Recife (21/07/2009)


EDITORIAL

A Rede MAB - Movimento de Adolescentes do Brasil, existe oficialmente desde 1998, quando os (as) participantes do VIII Encontro Nacional de adolescentes - ENA que aconteceu em Rio Claro decidiram que as discussões deveriam ter uma continuidade e daí retirar demandas que viessem a fortalecer as ações desenvolvidas por grupos e instituições que o compõe, com trocas de experiência e cooperação mútua. O ComunEna é o principal canal de comunicação dentro do ENA onde os(as) adolescentes, jovens e adultos se somam levando entretenimento, reflexões e muita informação para participantes do encontro. Nas duas ultimas edições, o ComunENA tem contado com apoio da Revista Viração.

Quando tudo começou...

O tema "diversidade é o grito" foi pensado na prévia do XIV Encontro Nacional de Adolescentes - ENA que ocorreu em Mococa - SP do dia 24 a 28 de julho de 2007. No meio da discussão que escolheria o tema do encontro, Amanda do Grupo TUMM comentou que os temas dos ENAs são como "gritos" da rede que reivindica por algo. De repente eis que surge uma borboleta que insistia em permanecer no local, daí outra pessoa destacou o significado da borboleta "mudança" que é a atual necessidade da rede, foi então que o Ivens Reyner trouxe a lembrança de todas(os) o poema de Vinicius de Morais "A borboleta" que fala sobre diversidade. Ficou então decidido que diversidade seria o tema. Então começaram a surgir sugestões de frases, e a escolhida pela maioria foi "diversidade é o grito", e não houve melhor aclamação do que o próprio grito das(os) participantes.
Chegada do Busão
Cada ônibus que chegava ao local de credenciamento do XIV Encontro Nacional de Adolescentes - ENA, trazia novos e antigos rostinhos que se (re)encontravam e logo todo cansaço parecia sumir em meio a tantos abraços, sorrisos, olhares curiosos e o frio que chegava e aproximava mais as pessoas em busca de muita energia e calor humano.

Grita aí!!!

"Os cinco dias vão ser bons para articular, construir conhecimentos e tentar entender como cada um está enxergando a adolescência, sua vida, a cidade, o projeto." Leonel Luz, CV - Rio Claro - SP.
"As minhas expectativas pra esse ENA é a de definir o futuro da rede MAB enquanto movimento social para o MAB continuar lutando pelos direitos de adolescentes e jovens." Margarita Diaz, Reprolatina - Campinas - SP.
"Espero que todos saiam com algo em mente, que esses cinco dias façam a diferença na vida deles." Daiane Tavares, 16 anos. IRSSA - Santa Bárbara do Oeste - SP.
"Como todo evento vai ser muito marcante, já que o EPA já me marcou bastante imagina um encontro de seis dias, tudo pode acontecer mas eu sei que vai ser muito louco". Allan Guilherme, 17 anos - GAM - São José dos Campos - SP.

No escurinho do teatro...

Roda de capoeira com direito a convidados (as) da platéia, emoção na retrospectiva de momentos, pessoas que fizeram parte da rede e cresceu com ela através de fotos e falas dos adolescentes anfitriões Ana Carolina Sávio e Jean Carlos de Lima do IRSSA de Santa Bárbara, uma mesa de abertura que se encheu de adolescentes de repente e contou com a presença de importantes colaboradores, uma linda e contagiante apresentação de uma peça teatral realizada pelo Grupo de Adolescentes Multiplicadores (GAM) de São José dos Campos - SP que resgatava a história do Brasil mostrando as raízes de toda essa cultura e diversidade. Assim foi marcada a abertura oficial do XIV Encontro Nacional de Adolescentes, graças ao esforço de tanta gente que o presidente da rede fez questão de agradecer. Tanta gente por trás de um evento que dura apenas cinco dias, mas que mexe tanto, com tanta gente, que permanece em nossas mentes para sempre.

Frases:

"Temos o direito de sermos iguais desde que a igualdade não nos caracterize, e temos o direito de sermos diferentes desde que essa diferença não nos inferiorize." Boaventura.
"Não há modo mais interessante de pensar a diversidade, do que a partir daquilo que se designa por identidade." Foucault.
Abertura (mesa)
Fernanda Lopes UNFPA ‘‘Ser diferente não é ruim, ruim é quando nossas diferenças não respeitadas".
"Expressão da diversidade é um direito."
"O grito da juventude é muito alto, só precisamos querer ouvir."