Eric Silva, Lilian Romão, Nayara Carvalho e Vania Correa, da Redação; Nathália Antoniazzi, Rafael Biazão e Simone Nascimento, do Virajovem São Paulo e Maria Camila, do Virajovem Recife (21/07/2009)
Prefeito local comparece ao ENA
No segundo dia do XIV ENA, realizado na cidade de Santa Bárbara Doeste, o prefeito local, Mário Heins, compareceu para passar uma mensagem para os jovens participantes. Ao término de sua breve fala pudemos conversar um pouco mais com o prefeito sobre juventude, política e sobre a realização na cidade que ele governa.
"Acho importantíssimo a gente promover o encontro entre pessoas que tenham interesse em comum para que o país tire diretrizes, é importante para definir políticas públicas para esse segmento da sociedade. Cada jovem que sair daqui ao perceber que houve o envolvimento do poder público municipal, deslumbrar todos os frutos que podem ser colhidos desse encontro vai levar essa idéia para a sua cidade, para o seu estado, e a gente espera que essa semente germine, frutifique e que a gente possa ter a juventude cada vez mais engajada e comprometida com a política pública direcionada aos segmentos da sociedade. Para os jovens que estão participando eu daria os parabéns pelo engajamento político, pelo comprometimento. E para aqueles que não participam ainda que venham participar na sua cidade, no seu estado, para que a gente possa realmente fazer a conscientização de toda juventude e o engajamento pleno em uma política construtiva que pode fazer com que os políticos acertem mais em suas decisões em relação a juventude."
Cuidar da Terra
O segundo dia do XIV ENA - Diversidade é o grito, começou com uma integração com exercícios de roda na escola/alojamento e muita agitação, preparando para um dia cheio de atividades. O grupo terminou a atividade com uma dança/música que se chama "Cuidar da Terra", falando da importância de cuidar do XIV ENA.
Aproveitamos para pedir que a galera tome mais cuidado com o espaço das atividades e não jogue lixo no chão e nem sujeira nas pias. Respeite as pessoas no horário de dormir, se quiser conversar só não atrapalhe os outros. O ENA é responsabilidade de todos e não só da comissão organizadora.
Reivindicando
Logo cedo à galera partiu para a Universidade Anhanguera, local de realização do evento, onde teria a primeira rodada de debates e dinâmicas, a primeira tinha o intuito de discutir as diferenças e as semelhanças entre os participantes que representavam à sociedade como um todo. Após identificar e discutir as diversidades, cada grupo escreveu uma reivindicação.
Os grupos foram diversos: homens gays que lutavam contra homofobia, mulheres solteiras que reivindicavam a autonomia do corpo, jovens feministas e negras pedindo espaços para discutir suas identidades, homens que discutem gênero lutando contra o machismo, mulheres faveladas pedindo que deixassem de ser estereotipadas, de negros reivindicando mais união entres as expressões culturais negras, e até homens jovens que gostariam de não sofrer preconceitos por gostarem de mulheres mais velhas. "A nossa reivindicação é um espaço para dialogar a questão racial. Não é igualdade das pessoas, não somos iguais, é igualdade nos direitos." Ilca Márcia do Grupo Curumim, Recife-PE representando as jovens negras.
Grita aí !!!
"Ao final do ENA sairemos com experiências de vida muito fortes e levaremos para nossos grupos, cidades, e nos alimentar em termos de trabalho e luta que levaremos aos outros grupos, a outras pessoas e faremos o movimento social. A gente está num passo mais adiante eu não nos cabe fazermos fragmentações." André do Canto Jovem, Natal - RN.
"Esse espaço é necessário para organizar temáticas, abrir um debate mais amplo e mais organizado. Discutir sexualidade, diversidade, a participação do adolescente, nas políticas públicas é essencial." Fábio Luis (Secretário de Saúde)
Diferente é ser do contra?
No nosso segundo dia de encontro no período da tarde tivemos um debate coordenado dando continuidade ao que foi discutido pela manhã.
Quais os gritos que estamos praticando? O que estamos fazendo e o que fazer para garantir os direitos? E algumas respostas foram dadas: ocupar espaços nos diversos conselhos, inserção nos espaços públicos e ações culturais, parada gay, dentre outros. O que possibilitou levantarmos questões chaves para desentrelaçar às dificuldades de entendimento entre TOLERÂNCIA X RESPEITO. Até que ponto nós que gritamos por diversidade realmente queremos acabar com nosso receio em entender e aceitar o outro, uma vez que tolerar apenas não basta, é preciso respeitar e se aproximar, só assim a luta não será em vão, necessitamos nos dar as mãos por uma mesma causa onde seja validado o direito de sermos quem queremos ser, pois somos assassinados cada vez que é violado os nossos direitos. E a pergunta fica: e ser diferente é ser do contra?
domingo, 26 de julho de 2009
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